Reino Vegetal- onde a ciência e o sagrado se encontram em paz!
Em busca do extraordinário benefício das plantas aromáticas!
No início eram condimentos, especiarias e ervas na culinária! Uma alimentação mais aromática, com pouco sal, que por acaso oferecia antioxidantes, saladas refrescantes, sopas para aquecer o corpo!
Nem se quer, era cogitado buscar o saber científico e técnico sobre o poder das plantas aromáticas
Contudo, foi através da experiência sensorial com óleos essenciais que o universo do Reino Vegetal me convidou a conhecê-lo!
Na trilha das plantas aromáticas foi, então, amor à segunda vista. Gratidão eterna a este Reino de pura doação.
Um Reino de doação que existe para nossa sobrevivência! Nos entrelaça entre significante e o significado, a ponto de promover a expansão da consciência para nossa evolução pessoal! Aperfeiçoando o saber sobre pertencimento e individualidade. Promovendo um resgate da natureza individual através da natureza do planeta.
Claro, que o Reino Vegetal é um Reino especialmente sagrado, já que oferece plantas para diversas finalidades.
Veja bem, o uso das plantas aromáticas se mistura com o início da humanidade, das civilizações mais antigas.
As plantas aromáticas sempre estiveram relacionadas a mitologias e rituais sagrados.
O poder curativo delas está registrado:
No período do Império Romano:
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- Pedanius Dioscorides escreveu De Matéria Médica cobrindo 700 plantas, incluindo aromáticos!
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A prática aromática era recomendada.
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- Hipócrates escreveu sobre banhos aromáticos e propriedades antibacterianas e recomendava que as pessoas carregassem plantas aromáticas para proteção.
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Os Egípcios com seu tratado medicinal e esotérico:
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- O Papiro Ebers é um bom exemplo, também!
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E reflita que o uso adequado das plantas aromáticas, era recomendado por sacerdotes e sacerdotisas.
Eram pessoas com conhecimento que mesclava ciência e esoterismo. Muito respeitadas e possuíam um status diferenciado na sociedade!
Determinadas plantas aromáticas estavam presentes em rituais com a finalidade de facilitar a conexão com o sagrado! E através da expansão da consciência elevar o espírito.
São denominadas de Plantas de poder, pois, facilitam a nossa conexão com o nosso estranho conhecido. O nosso eu oculto, disfarçado, que Freud oportunamente chamou isso, de unheimlich.
O uso adequado das plantas favorece o autoconhecimento, promovendo conexões, reorganizando informações sobre nós e sobre a vida. Alivia o ego!
O resultado disso é o aumento da qualidade de vida cuidando do corpo, mas principalmente, da saúde mental. Favorecendo, assim, a expansão da capacidade intelectual.
Afinal, o autoconhecimento liberta e promove curas, como se fossemos um deus ou como uma conexão mental a uma divindade.
Há milênios a humanidade se cuida e celebra rituais com plantas aromáticas.
Dentre elas as chamadas plantas de poder- cada povo com seus próprios rituais e plantas sagradas.
Abaixo algumas plantas aromáticas sagradas, enteogenas:
os sumérios, há cinco mil anos, já usavam a papoula para fins medicinais.
Não cabe aqui, fazer apologia ao uso de plantas com ativos psicotrópicos. Mas, elucidar a função e benefícios.
Os efeitos sensoriais das plantas de poder ou plantas sagradas apresentam aumento das percepções visuais e auditivas.
Transportando o praticante a outras dimensões ou camadas vibracionais.
As experiências são bem particulares. Ocasionados regressões, insights, solucionando situações aflitivas, melhorando condições de saúde física e mental.
Sempre bom lembrar que o limite do remédio e do veneno é a dose.
E cá pra nós, a meu ver, todas as plantas são de poder e nos conectam com a natureza sagrada da existência na Terra.
Partindo, então, das peculiaridades de cada povo, passamos a notar como o folclore, as mitologias se entrelaçam em contos sobre metamorfose de deuses e semideuses em plantas.
É possível compreender muitas características das plantas através das mitologias. Pois, as propriedades terapêuticas da planta normalmente estão relacionadas ao poder de alguma divindade mitológica.
Quem não se lembra da lenda Priprioca?
‘’Piripiri guerreiro bonito e forte exalava um aroma irresistível. Todas as moças da taba eram fascinadas por ele. Quando tentavam aproximar-se, Piripiri sumia em fumaça. O pajé aconselhou que as jovens o amarrassem com os próprios cabelos. Em certa noite elas conseguiram!
Para decepção das enamoradas de Piripiri, na manhã seguinte ele já não se encontrava ali.
Em seu lugar havia uma planta com mesmo aroma. E elas acreditavam que Piripiri passou a morar ali. Tornado a planta ”Pripri-oca”! A casa de Piripiri.’’
A priprioca é uma planta com propriedade antifúngica, anti-inflamatória e usada pelos indígenas brasileiros como estimulante sexual.
Muitas resinas naturais como Breu branco, Olíbano, Mirra são usados para afastar maus espíritos.
Blindam a casa, o templo, o local de trabalho. Mas, um olhar menos esotérico e mais científico indica que ao defumar com uma resina natural ocorre a liberação aromática de propriedades terapêuticas.
São elas: antioxidantes, antiparasitárias, antivirais, antibióticas, analgésicas, medicinais de modo geral e até repelentes de insetos que são vetores de doenças.
Dessa forma, blindados, naturalmente, podiam ter uma vida saudável, logo mais próspera.
Há culturas populares que usam os aromas das plantas para atrair dinheiro, até o amor.
O que a ciência fala sobre isso atualmente?
Hoje sabemos, através de muitas pesquisas, com eletroencefalograma que os aromas naturais ocasionam mudanças nas ondas cerebrais.
Auxiliando o foco para trabalhar, estudar, aumentando autoconfiança e autoestima, promovendo o relaxamento e uma boa noite de sono e aliviando dos sintomas de estresse, por exemplo.
Outro detalhe importante: cada pessoa pode ter uma experiência sensorial particular com determinado aroma. Que pode ser boa para um indivíduo, pode ser desagradável para outro.
O aroma está relacionado a uma memória e as emoções.
A Aromaterapia e a psicanálise, possibilitaram um olhar atento, quanto a necessidade de encontrar correspondências entre o perfil psicossomático de cada pessoa e a planta!
Ou, ainda a combinação ideal de aromas para promover conexões de autoconhecimento, saúde e beleza.
A humanidade, ao longo de sua jornada, usufruiu dos benefícios das plantas aromáticas com uso medicinal e tratamentos estéticos. Ainda hoje, a medicina moderna precisa das plantas para produção sintética de medicamentos, por exemplo a erva baleeira.
Para uma aromaterapia com experiências sensoriais e resultados extraordinários, o óleo essencial ou a sinergia aromática precisa trazer uma característica complementar ao perfil e objetivo de uso. Em outro caso o arquétipo deve ser similar ao perfil para que o tratamento seja efetivo.
Afinal, as plantas aromáticas trazem em si a sabedoria da arte de sobreviver.
Sabedoria de doar-se, de florescer, até de renascer devido a presença de seus óleos essenciais.
Por isso, as características delas devem ser associadas aos anseios de quem busca as plantas aromáticas para se cuidar. Seja expandindo a consciência, promovendo a imunidade, cuidando das emoções.
Veja algumas lendas e mitologias relacionadas as plantas aromáticas:
Alecrim: purificador do ambiente. Ajuda a elevar os pensamentos. Altamente energizante.
Dizem que um pé de alecrim jamais passará a altura que Cristo tinha, que suas flores se tornaram lilás azulada e suas folhas aromáticas apenas após Maria se abrigar aos seus pés.
Sua lenda conta:
“Quando a Sagrada Família fugiu para o Egito com Maria levando em seus braços o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que eles passavam por elas. O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice.
O alecrim sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar ao menino.
Cansada, Maria parou à beira do rio e enquanto a criança dormia, lavou as roupinhas. Em seguida olhou em redor, procurando um lugar para estendê-las.
— O lírio quebrará com o peso e o lilás é alto demais.
Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã.
— Obrigada, gentil alecrim! disse Maria
–Daqui por diante ostentarás flores azuis para recordar a cor do manto que estou usando.
E não são apenas flores que te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus serão aromáticos.
” Eu abençoo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão o aroma de Santidade e emanarão alegria “”
Curiosidade: o elemento do alecrim é o fogo, seu Regente o Sol.
O incenso ou resina de olíbano possui várias propriedades medicinais e um semblante sagrado.
Uma antiga lenda conta que cada árvore de olíbano (boswellia) era guardada por serpentes aladas. As víboras apenas podiam ser afastadas das árvores com a fumaça produzida pela queima de uma resina especial.
Envolta a essa aura mística, ao longo da história, esta resina se tornou um artigo caro e muito cobiçado pela elite das grandes civilizações do passado. Seu preço era seu peso em ouro!
Da Ásia através da cultura chinesa até o mediterrâneo com o Império Romano, a resina do olíbano teve seu ápice comercial no século I a.C.
Segundo historiadores, a rainha de Sabá construiu um palácio no antigo Porto de Zafar, atual Salalah, Omã. Ela viajava até a região para buscar seu incenso!
O poder terapêutico desta resina aromática é notório e as antigas civilizações testemunharam o enriquecimento de muitos árabes devido ao comércio dessa poderosa resina.
O olíbano – boswelia sacra– oferece propriedades terapêuticas muito potentes. Seus principais terpenos são: pineno e limoneno .
Ações terapêuticas: analgésica e antitérmica, antibiótica, ativa o sistema circulatório e sistema imune, sendo estimulante sexual, antiespasmódica e auxilia nos tratamentos dermatológicos.
Agora, faz sentido porque na Bíblia é relatado que os 3 Reis Magos deram esta resina sagrada ao menino Jesus?
E uma curiosidade, as gestantes da região de Omã costumam mascar a goma da resina para favorecer a saúde e desenvolvimento da inteligência dos bebês!
Na Mitologia Greco-latina temos muitos casos de metamorfose de entidades que se transformaram em plantas aromáticas:
Dafne preferiu ser transformada em loureiro para não se render aos desejos de Apolo.
O Louro traz uma relação com a glória, vitória. Além da relação com um efeito inebriante a sacerdotisa, Pitia, uma espécie de Oráculo, que mascava louro para induzir o transe da adivinhação, ou mesmo inalava a fumaça do louro queimado.
Outra mitologia envolvendo Apolo e metamorfose conta: Apolo tinha um amigo inseparável! Certo dia, durante a prática esportiva de arremesso de disco, Apolo acertou fatalmente o jovem. Segundo a mitologia, o acidente foi ocasionado pelo ciumento deus do vento oeste, Zéforo. Do sangue, que escorreu do ferimento, de Jacinto brotou uma flor, muito bela e aromática que foi batizada com seu nome. A flor mencionada não se parece com a flor que hoje é denominada Jacinto. Lembrando mais uma espécie de íris, esporinha ou de amor-perfeito.
Poderosa planta aromática a Artemísia, considerada a Deusa das ervas. Está relacionada a Vênus e a Lua.
Sua mitologia traz informações que combinam com deusa mitologia, tanto grega, Ártemis, como a Romana Diana. Poderosa caçadora, era cultuada para aliviar males femininos e proteger crianças e jovens. Era filha de Zeus, irmã de Apolo, ajudou a mãe a parir seu irmão, no dia seguinte de seu nascimento.
A planta (artemisia absinthium) possui propriedades terapêuticas para o trato feminino, auxilia as pessoas a banir vícios como cigarro e pornografia.
Existem várias espécies de Artemísia e indicações especificas para cada uma.
Denominada erva da lua, a erva da mulher, cuida do jardim, pois inibe a aproximação de insetos predadores e pulgões.
A Mirra é outra resina que possui sua mitologia, também!
A Mirra provedora de uma resina que promove a energia feminina do cosmos. Representa pureza da alma, ou a purificação e proteção espiritual. Através da compreensão plena, desperta o espírito de fraternidade. Assim, auxiliando na jornada de autoconhecimento. Favorecendo a transformação e evolução do ser. O efeito calmante de seu aroma doce e almiscarado realça o sentimento de tranquilidade!
Nesta mitologia, muito popular, Afrodite obrigou Mirra a cometer incesto com seu pai, rei da Assíria. Quando ele descobriu o ocorrido tramado por Afrodite perseguiu Mirra.
Os deuses ajudaram Mirra a se esconder, transformando-a em árvore.
Adonis, nasceu da casca da mirra. Sua aparência denotava beleza inenarrável, que provocava paixões arrebatadoras. Adonis, é oriundo da mitologia Fenícia. Adonis, vem de Adonai- deus, senhor!
Por vingança o rei assírio, Teias se uniu a Eros, deus mitológico da paixão e fez Afrodite se apaixonar por Adonis, com uma intensidade avassaladora.
Tiveram um caso de amor.
O deus Ares, já amante de Afrodite ficou com raiva da traição com jovem e o atacou através de um javali, fatalmente. O sangue de Adonis se transformou em anêmonas. Afrodite ao se machucar tentando salvar o amado, manchou as rosas brancas com seu sangue vermelho, conferindo as Rosa um símbolo universal do amor!
O Reino Vegetal é muito inspirador, não é mesmo?
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