Burserácea Aromas Sagrados e potencial terapêutico !

A família botânica Burserácea inclui mais 18 gêneros e 550 espécies que movimentam o mercado cosmético e de bem-estar através dos aromas e potencial terapêutico. São árvores ou arbustos pantropicais com grande diversidade na américa tropical e África.

A família botânica burserácea possui árvores com grande potencial terapêutico e tem uso secular em rituais sagrados. 

O nome Burserácea é derivado do nome do médico e botânico alemão Joachim Burser (1583-1649).  

No Brasil, a família Burserácea está distribuida de norte a sul.  

Os gêneros nativos do Brasil são:  

    • Bursera   
    • Commiphora   
    • Crepidospermum   
    • Dacryodes   
    • Protium -amplamente distribuído na américa do sul  
    • Tetragastris   
    • Trattinickia  

Na aromaterapia moderna continuam porpulares: 

  • Breu branco (protium heptaphyllum) 
  • Mirra (commiphora myrrha) 
  • Olíbano (boswellia) são mais populares.  
  • Palo santo (bursera graveolens) são os mais populares 
Os povos ancestrais utilizavam as resinas e madeira dessas árvores em rituais sagrados, para se conectarem com o divino e afastar maus espíritos, através da queima, um processo de defumação.

Você pode fazer defumação para promover bem-estar, aflorar bom ânimo, facilitar a meditação e orações, além de afastar insetos e outros microorganismos. É simples, basta acender um disco de carvão e acrescentar resina ou graveto da madeira de sua preferência.

Relatos históricos, anteriores ao advento da destilação, descrevem o uso antimicrobiano de gêneros da família burserácea. Neles, o uso da mirra é datado 1.100 aC. Em que, os sumérios usavam-na para tratar dentes inflamados e vermes intestinais. ( Michie e Cooper 1991) E os egípcios a usavam no processo de embalsamento. O óleo de mirra há muito tempo é aplicado para tratamento de candida albicans e tenea pedis- frieira. Na medicina chinesa tem sido aplicado para tratar sífilis, lepra e reumatismo. O gênero boswellia tem sido usado junto ao Commiphora com objetivos medicinais encontrados no tratado de Ébers: para tratar pruridos (coceiras) infecções e queimaduras, combinados com ópio. E baseado nestes relatos foi feito um estudo in vitro que comprova a sabedoria ancestral.

Lembrando que, a Mirra e o Olíbano constam em relatos bíblicos como presentes, preciosos, ofertados pelos Reis Magos ao Menino Jesus.  

É importante salientar que as resinas integram o sistema imunológico da planta.  

O Breu  é popularmente conhecido como olíbano brasileiro.  

Não podemos deixar de falar que existe na região do Cerrado, o breu preto e o breu branco na região norte do Brasil. E podem receber o nome e almescla e almécega.  

A resina do breu é usada na perfumaria, indústria farmacêutica e em rituais religiosos. Seu aroma herbal acalma e invoca concentração. 

Popularmente, a resina é aplicada como estimulante, expectorante, analgésico, calmante de tosse e descongestionante das vias respiratórias.  

O óleo essencial extraído por destilação à vapor da resina é cicatrizante, anti-inflamatório e bactericida.  

Seus efeitos psíquicos auxiliam a melhora o humor e traz bom ânimo. Além de expandir o estado de consciência.  

Pesquisas apontam que o óleo essencial gênero protium heptaphyllum , Breu branco, é realmente cicatrizante e antisséptico (com ressalvas).  

E ainda, comprovada ação antimutagênica, como agente quimio-preventivo para câncer. E essa ação se deve ao monoterpenos. Mas é importante destacar que não possui efeito citotóxico.  

Mirra é nativa do Nordeste da África, oriente médio e Asia (Índia e Tailândia).  

A tanto a resina quanto o óleo essencial são muito indicados para tratar feridas da pele e da alma.  

Curiosidade:   

Há uma lenda e em um breve resumo conta: “Afrodite obrigou a Princesa Mirra,  a cometer incesto com o seu pai, Teias, o rei da Assíria, o trapaceando sob o véu da noite, com o objetivo de gerar um filho. Teias, quando descobriu, perseguiu-a, mas os deuses ajudaram-na a esconder-se, transformando-a numa árvore de mirra” 

A resina está no caule e possui notória atividade antisséptica e cicatrizante  

O óleo essencial possui aroma terroso e doce, traz com esse delicioso aroma atividades antivirais, bactericida, imunomoduladora e rejuvenescedora, além auxiliar no tratamento e prevenção de doenças esclerosantes.  

O gêneroCommiphora inclui Commiphora myrrha. Contudo, estudos apontam outros gêneros muito terapêuticos também como a  Commiphora molmol,Commiphora mukul .   

Os efeitos antidiabéticos e antioxidantes de uma combinação de Commiphora mukul , Commiphora myrrha e Terminalia chebula em ratos diabéticos, é título de um estudo com resultados que indicam a combinação das ervas como agente antidiabético, antioxidante e hipolipemiante( combate ao colesterol LDL) pode ser sugerida como um remédio benéfico para pacientes diabéticos.  

Atenção! Não confunda com a falsa mirra, um arbusto, encontrado no Brasil que pertence a família lamiáceas. A Commiphora myrrha possui mais ou menos 5 metros de altura com espinhos e folhas caducas. As propriedades terapêuticas são diferentes.  

olíbano, por sua vez,  é uma arvore do deserto, faz parte do gênero boswellia, o nome olíbano é oriundo do árabe al- lubán que significa leite, devido a cor da resina que exsuda em seu tronco, mas também pode significar óleo do líbano, oil leban. Seu aroma é balsâmico, fresco e amadeirado, com toque frutado e picante, o que garante seu sucesso como ingrediente místico em composiçôes aromáticas. 

As propriedades terapêuticas da resina incluem inalação da fumaça aplicação em ferida de mucosas, tratamento de bronquite, feridas na boca, reumatismo e enfisema, e para beleza seu potencial rejuvenescedor é notório, além de tratar acne.Sua atividade antisséptica é conhecida desde antiguidade e era utilizada em hospitais para inibir o contágio de doenças infecciosas. 

O gênero boswellia, atualmente, recebe destaque como fitoterápico, devido a atividade neuroprotetora e  por conferir efeitos anti-inflamatórios e anticancerígenos.

 A pesquisa declara: 

⇒ Coletivamente, os estudos experimentais confirmaram o potencial inibitório da Boswellia contra a formação de placas amilóides e degeneração de neurônios colinérgicos induzida por Aß. No caso de doença de Alzheimer. 

⇒ No caso de Parkinson efeitos protetores foram associados ao aumento da viabilidade celular e redução das características apoptóticas.  

⇒ Em caso de disfunção cognitiva no geral, esta evidência fornece suporte preliminar para a eficácia de aprimoramento cognitivo do gênero Boswellia  

O extrato de Boswellia Serrata  melhorouconsideravelmente a memória auditiva / verbal e visual / espacial usando o teste breve de memória visuoespacial, para pacientes com esclerose múltipla que sofrem de deficiências cognitivas.  

O gênero Boswellia, família das burseráceas, exibiu potencial terapêutico para isquemia cerebral e lesões, o que está provavelmente relacionado, pelo menos em parte, às suas atividades anti-inflamatórias, antiapoptóticas, bem como antioxidantes. 

Palo santo por sua vez traz um arquétipo muito peculiar, pois seu aroma  só é produzido depois de 2 anos após a morte da árvore. Muitos dizem que esta morte deva ser espontânea e não precipitada pela ação do homem, para se obter os aromas terapêuticos. Seu aroma doce, com notas de pinho e balsâmico, promove relaxamento único para práticas meditativas e conexão com energias superiores. 

Obtém-se o óleo essencial através da destilação da madeira. Em países como o Peru o palo santo é utilizado pelos xamãs para purificação e limpeza espiritual.  

É rico em limoneno, o que determina seu potencial para elevar a criatividade e reduzir a ansiedade. Possui atividade anticancerígena. Constituído por terpineol, também, auxilia no fortalecimento da imunidade, e devido a presença de Mentofuram, apresenta atividade antiviral e descongestionante.  

O palo santo e seu óleo essencial favorecem a reflexão e uma postura mais consciente diante da vida.  

A família botânica burserácea oferece potencial terapêutico para corpo e para alma. Porém, devemos sempre fazer uma reflexão sobre o perfil psicossomático do paciente, nível da qualidade da saúde e histórico familiar. Óleos essenciais dessa família botânica devem ser usados com cautela devido a profundidade psíquica que eles incidem, sendo por vezes recomendado uso com acompanhamento psicológico para evitar que a as profundezas do inconsciente alcançadas por eles não causem angústia. 

As madeiras, resinas e óleos essenciais da família burserácea possuem caraterísticas em comum, são elas:  

  • Atividade anticâncer  
  • Propriedades antivirais, antifúngicas e bactericidas  
  • Cuidam da pele e doenças da pele. São excelentes cicatrizantes e rejuvenescedores.  
  • São potentes antioxidantes  
  • Analgésicos  
  • Repelentes  
  • Expectorantes  
  • Melhoram o estado mental  
  • Promovem a expansão da conscência 
  • São ansiolíticos, se aplicados adequadamente. 

  

Se você deseja se beneficiar do poder terapêutico da famíia botânica Burserácea, consulte sua aromaterapeuta de confiança e se surpreenda com os resultados extraordinários para saúde e beleza! 

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Isabela Palmer - Aromatologista e Psicanalista

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